Feirantes contra plano para Bolhão
"Onde estão os movimentos cívicos que, em época de eleições se moveram pelo Bolhão, onde está a cidade, onde estão os portuenses"? O apelo é da Associação de Feirantes do Distrito do Porto - uma das entidades que integra o movimento cívico de defesa do mercado actualmente inactivo -, que está indignada com o projecto de transformação daquele equipamento centenário num centro comercial.
A dois dias da votação da concessão do mercado do Bolhão à empresa TramCroNe, do grupo holandês TCN, o presidente da associação, Fernando Sá, lamenta que não se tenha recorrido aos milhões dos anteriores e actual quadro comunitário para reabilitar o espaço, mantendo a vivência original. "Mais curioso ainda é fazer crer que o Bolhão continuará a ser o Bolhão, aquele onde se entoam pregões desde 1850 e que atraem à cidade milhares de visitantes. Não cremos", sublinha Fernando Sá, convencido de que os vendedores serão "gravemente prejudicados". Lança, assim, um repto ao Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) do Porto, que tem uma palavra a dizer na aprovação do projecto "Espero que o IPPAR não se esqueça deste exemplar da arquitectura civil comercial na sua avaliação", refere ainda.
Além da cedência do equipamento em direito de superfície por 50 anos, o Executivo apreciará, amanhã na reunião de Câmara, a minuta do acordo a celebrar com o concorrente vencedor. Na sessão pública, estará presente um representante da TramCroNe. No documento, a Autarquia compromete-se a decidir o pedido de licenciamento no prazo máximo de 15 dias. O promotor também só terá duas semanas para apresentar o projecto de arquitectura. Caso não cumpra os prazos, terá de pagar 500 euros por cada dia de atraso. Se a demora for de responsabilidade camarária, o prazo é dilatado. CSL ...in JN http://jn.sapo.pt/2007/12/17/porto/feirantes_contra_plano_para_bolhao.html |
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